LUVAS
Neste artigo são elucidadas algumas questões sobre o uso ou não das luvas, qual a finalidade, em que momento é adequado usá-las, legislação e outros dados.
Você provavelmente já está adaptado ao uso dos novos equipamentos obrigatórios como máscaras, luvas e até o face shield.
Neste artigo preparamos algumas dicas e considerações sobre o uso de luvas no dia a dia do bar.
Afinal, quando usá-las?
INTRODUÇÃO
O uso de luvas durante o preparo de coquetéis e no dia a dia do bartender sempre foi causa de controvérsias.
Qual o melhor momento para usá-las?
O uso desse EPI já era amplamente difundido – e frequente – em muitos bares mundo a fora.
Talvez por trazer um aspecto de maior credibilidade e profissionalismo, o uso de luvas cirúrgicas se tornou frequente nas mãos de bartenders e profissionais de bar de modo geral.
Antes de qualquer assunto ou surgimento da pandemia do Covid-19, elas já eram vistas vestindo as mãos de inúmeros profissionais.
Sabemos que, de acordo com a NT 049/2020, luvas e máscaras foram incorporadas em obrigatoriedade ao uniforme de trabalho, em função da prevenção à contaminação do Covid-19.
Porém, é necessário lembrar que, em um período trabalhado de 8 horas diárias, as luvas – e máscaras – devem ser trocadas em um período máximo de 2 horas.
O uso de luvas de trás dos balcões de bar é indicado no caso de manipulação de alimentos específicos, como corte de frutas cítricas ou até mesmo manipulação de produtos químicos necessários à sanitização do ambiente – e de alimentos.
Não podemos esquecer que ao manipular o famoso gelo translúcido, esférico, ou até em formato de diamante, o uso de luvas é o mais adequado.
O PROFISSIONAL
Um profissional de bar tem plena ciência de sua demanda e fluxo de produção de coquetéis e execuções de inúmeras tarefas que podem ir desde lavar a louça até servir uma long neck.
Num curto espaço de tempo, inúmeras e diferentes superfícies são tocadas e manipuladas, mantendo assim, um nível de possível contaminação muito alto.
É importante ressaltar que o uso de luvas durante uma operação de bar deve ocorrer de maneira monitorada e específica, assegurando a total higienização nos insumos que ali são manipulados.
A mão do profissional que utiliza luvas em seu período trabalhado também merece atenção. A retenção de umidade dentro da luva pode contribuir para a proliferação de doenças de pele, alergias, ou até mesmo fungo nas unhas.
Por isso, trabalhar com as mãos arejadas e livres permite a melhor – e mais frequente lavagem e esterilização de mãos – do que com o uso de luvas, que transmite o aspecto de estar “blindado” a qualquer risco de contaminação, quando na verdade pode ser o contrário.
CONCLUSÃO
Em bares americanos, é muito comum o próprio bartender realizar a venda, a cobrança e a execução dos coquetéis, e você não precisa ir muito longe para ver exemplos como este. Na barraquinha da feira, na lanchonete, ou até no açougue você consegue vivenciar essa experiência de perto: um único par de luvas para manipular de tudo.
O uso das luvas deve ocorrer quando necessário à manipulação específica de insumos e utensílios, e prontamente descartadas e substituídas por outras destinadas a um único fim – ou insumo.
Caso contrário, a única proteção a ser obtida – e olhe lá – é a mão do próprio bartender.
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